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domingo, 3 de janeiro de 2010

Discriminação Nacional

A Revista Veja edição 2141 de 02 de dezembro passado, publica uma matéria muito elogiada, inclusive por policiais sob o título “sem medo da verdade”, uma excelente matéria que demonstra a realidade sobre o que pensa a sociedade a respeito dos policiais militares e toda a carga de discriminação e preconceito por que passam.

Na referida matéria, no subtítulo “No rumo correto”, buscando ressaltar a capacidade profissional de um oficial da Polícia Militar de Minas Gerais, consta a seguinte frase:

Não fosse pela farda, o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Renato de Souza, 46 anos, em nada lembra um policial, gestos suaves, vocabulário preciso, ele parece mais um acadêmico. É quase isso. Presença constante em seminários e congressos sobre segurança pública, Souza tem um currículo de tipo ainda incomum no Brasil, mas que começa a ser usual nas melhores policias do mundo…”

A análise do referido comentário, no mínimo, dá a depreender que para o editor os policiais militares são semi incultos, violentos e arbitrários, sendo incomum e raro os profissionais de segurança pública serem educados e cultos.

Tal comentário correspondente ao estereótipo existente no imaginário popular, inserido em uma publicação formadora de opinião, representa uma demonstração explícita de preconceito e discriminação que necessita de reparo imediato. Assim, na condição de policial militar, não me permito o silêncio sem promover os esclarecimentos que o caso requer.

O desconhecimento público do processo educacional dos policiais militares no Brasil, não raro, gera comentários dessa natureza, alimentados voluntária ou involuntariamente, pela mídia. Em verdade, para nós policiais militares, não se constitui novidade, em reuniões de trabalho, apresentações, encontros, seminários ou até mesmo no convívio social ouvirmos elogios do tipo: “Você é muito educado, competente e inteligente. Nem parece policial”. Elogio? Ou ofensa?

Para ser um policial militar é necessário passar num concurso, dos mais concorridos no país, isto em qualquer unidade da federação, constituído de exames intelectuais, psicológicos, médicos e físicos, para depois cursar, no mínimo, dez meses para ser Soldado e três anos para ser Oficial.

Os cursos oferecidos pelas Academias das Polícia Militar são considerados de nível superior, tanto que o exame admissional é equivalente ao exame vestibular e, após a conclusão do curso, o oficial, com o seu diploma reconhecido pelo MEC, pode matricular-se como aluno especial nas universidades públicas e privadas.

Cumpre ressaltar que ao ingressar na PM mais da metade dos aprovados, tanto nos cursos de formação de oficiais, como nos de soldados, já possuem nível superior ou estão em curso. Na Bahia, por exemplo, mais de 70% dos alunos do Curso de Formação de Oficias possuem nível superior.

O processo de busca do conhecimento dos policiais não pára por aí, para terem acesso aos postos e graduações que constituem a hierarquia da corporação, internamente, são exigidos dois cursos de especialização “lato sensu” para os oficiais e um para as praças, em sua grande maioria efetivados em convênio com universidades.

Bastaria uma pesquisa rápida, no próprio estado de Minas Gerais e nas outras unidades da federação, para que o nobre jornalista pudesse perceber que o currículo do Cel. PM Renato Souza não é de um tipo tão incomum no Brasil.

Com certeza, em todos os postos e graduações, do norte ao sul do Brasil, existem muitos homens e mulheres com o perfil pessoal e profissional do Cel. Renato, mas sem a visibilidade que o exercício do cargo de Comandante Geral proporciona, pois, via de regra, os critérios usados pelos Chefes do Executivo para escolha dos que ocupam os cargos públicos do alto escalão governamental, em todas as áreas, inclusive na segurança pública, passam bem longe da competência profissional.

Se o nobre jornalista quiser prestar uma valiosa colaboração à segurança pública deste país, sugiro-lhe que seja mais cuidadoso com suas palavras, e se quiser criticar, que o faça, velada ou explicitamente, aos “Donos do Poder”, pois a eles cabem as críticas e a responsabilização pelas escolhas que fogem de tal padrão.

5 comentários:

Anônimo disse...

ESTADO DO RIO DE JANEIRO É UM ESTADO "FORA DA LEI"

Soldo abaixo de R$ 510,00 é inconstitucional (uma violação a direito líquido e certo do militar).

O SOLDO inferior ao SALÁRIO MÍNIMO vigente viola artigos da CF/88 (Constituição Federal, Art. 7º, Inc. VII) e da CERJ (Constituição do Estado do Rio de Janeiro, Art. 92, Inc. I), pois o soldo é o salário do militar.

NÃO QUEREMOS BOLSAS!

NÃO QUEREMOS GRATIFICAÇÕES!

SÓ QUEREMOS O SOLDO ACIMA DO MÍNIMO!

Queremos que esses políticos irresponsáveis façam apenas o que a LEI determina (pagar um soldo não inferior ao mínimo)!

O Estado tem que aumentar os vencimentos básicos dos policiais, ao invés de investir nessa política de bonificações.

COMO DEVERIAM SER OS SOLDOS DA PMERJ E DO CBMERJ (EM 2010):

CORONEL ------------- R$ 1.969,26
TEN CEL -------------- R$ 1.821,56
MAJOR ---------------- R$ 1.689,62
CAPITÃO -------------- R$ 1.506,49
1º TEN ---------------- R$ 1.299,71
2º TEN ---------------- R$ 1.165,80
SUBTEN --------------- R$ 1.043,70
1º SGT ------------------ R$ 935,40
2º SGT ------------------ R$ 836,94
3º SGT ------------------ R$ 752,25
CABO ------------------- R$ 533,67
SOLDADO -------------- R$ 510,04

NÃO É O POSTO QUE HONRA O HOMEM, MAS É O HOMEM QUE HONRA O POSTO.

SEM LUTA NÃO HÁ VITÓRIA!

Anônimo disse...

Nós temos que lutar pelo SOLDO, que não pode ser inferior ao SALÁRIO MÍNIMO vigente.

PARA EQUIPARAR O SOLDO DO SOLDADO (PMERJ/CBMERJ) AO SALÁRIO MÍNIMO, EM 2010, NÓS TEMOS QUE EXIGIR 70% (SETENTA POR CENTO) DE REAJUSTE SALARIAL.

COME TODO MUNDO (ATIVOS E INATIVOS), OU TODOS FICAM COM FOME!

Ou a todos, ou a ninguém!

Anônimo disse...

Militar
SEGURANÇA PÚBLICA: 30 HORAS POR SEMANA.
COMENTÁRIO POSTADO:
Projeto limita a carga horária de policiais a 30 horas semanais.
Saulo Cruz.
Capitão Assumção: carga horária de agentes de segurança pública não pode ser a mesma do trabalhador comum.A Câmara analisa o Projeto de Lei 5799/09, do deputado Capitão Assumção (PSB-ES), que limita a 6 horas diárias ou 30 horas semanais a carga horária de trabalho dos agentes de segurança pública.
Pela proposta, policiais civis e militares, bombeiros, guardas municipais e portuários bem como policiais federais, ferroviários federais e rodoviários federais, "entre outros", terão direito a essa carga horária.
O autor da proposta lembra que os trabalhadores da segurança pública convivem diretamente com o perigo, o que gera desgastes físicos e psicológicos e uma maior exposição a doenças e acidentes de trabalho. O deputado argumenta também que os policiais, assim como já acontece com os profissionais de saúde, não podem ser equiparados ao regime comum de trabalho estipulado pela Constituição em 44 horas semanais.
A limitação da carga horária, de acordo com o deputado, também movimentará o mercado de trabalho e a economia brasileira.
"O projeto fomentará a criação de vagas no setor de segurança pública, reduzindo assim o desemprego", disse.
Regulamentação
Segundo ele, enquanto a União não regulamentar a carga horária diferenciada para agentes de segurança, estados e municípios continuarão a promover uma "verdadeira farra" sobre o assunto. "Há casos de funcionários de uma mesma unidade da Federação que possuem regimes de trabalho diferenciados sem qualquer embasamento legal."
O projeto também garante a adequação do horário de trabalho aos agentes de segurança pública que estiverem em atividade na data de publicação da lei. Nesse caso, eles não poderão ter o salário reduzido em virtude da mudança da carga horária.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analsiada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Íntegra da proposta:
* PL-5799/2009

Anônimo disse...

A INSATISFAÇÃO É INIMIGA DA EFICIÊNCIA!
_____________________________________________________________________________________________

Sugestão/proposta para a TABELA DE ESCALONAMENTO VERTICAL

POSTOS/GRADUAÇÕES - SOLDO DO MILITAR (PMERJ/CBMERJ)

CORONEL --------------- R$ 2.000,00
TENENTE CORONEL ------- R$ 1.850,00
MAJOR ----------------- R$ 1.716,00
CAPITÃO --------------- R$ 1.530,00
1º TENENTE ------------ R$ 1.320,00
2º TENENTE ------------ R$ 1.184,00
ASPIRANTE ------------- R$ 1.060,00
SUBTENENTE ------------ R$ 1.060,00
1º SARGENTO ------------- R$ 950,00
2º SARGENTO ------------- R$ 850,00
3º SARGENTO ------------- R$ 764,00
CABO -------------------- R$ 542,00
SOLDADO ----------------- R$ 518,00
_____________________________________________________________________________________________

Conforme o artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal, NENHUM SOLDO PODE FICAR ABAIXO DO SALÁRIO MÍNIMO!

A TABELA FOI FEITA DE ACORDO COM A LEI Nº 279, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1979.

Não podemos pedir menos!

Obs: o soldo é o salário do militar

Anônimo disse...

A LUTA POR UM BRASIL MELHOR

Vamos lutar por um Brasil sem maldades, injustiças, desigualdades. Vamos lutar por um mundo com amor, paz, alegria, solidariedade, união, partilha.

Temos que diminuir a DESIGUALDADE das instituições públicas - uma pobreza inimaginável coexistindo com uma riqueza incomensurável - um sofrimento absolutamente desnecessário. A sociedade brasileira é uma das mais desiguais, uma das mais estratificadas que existem.

A Polícia não é respeitada. Os salários e os meios são insuficientes! Um membro da Polícia Militar do Rio tem um salário da ordem de apenas 600 dólares por mês para uma tarefa ingrata, desprezada e perigosa cujas conseqüências são uma alta taxa de suicídios e de abandono da profissão. Muitos policiais militares têm um segundo emprego, nas horas livres. Apesar do PM ganhar tão pouco, a maioria do pessoal é honesta e dedicada.

A polícia federal não deveria ter salários maiores do que a PM, pois nenhuma polícia é mais importante do que a outra, ou seja, nenhum policial é mais importante do que o PM!

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