A Proposta de Emenda Constitucional de número 300, a PEC 300, que foi aglutinada à PEC 446, está sendo alvo de mais reivindicações por parte de policiais militares, civis e bombeiros militares. Nesta sexta-feira várias associações de classe, e policiais isoladamente, em todo o Brasil, pretendem desencadear um Movimento intitulado “Tolerância Zero”.
Tolerância Zero?
Tome-se como ilustração o caso do usuário de drogas. Ao flagrar alguém consumindo um cigarro de maconha, sem ter cometido qualquer outra infração penal, nem estar portando qualquer outro objeto ilícito, cabe – legalmente – ao policial conduzir o cidadão à delegacia, e geralmente esperar um procedimento burocrático que pode demorar significativos minutos (e até horas) de patrulhamento, rondas e outros serviços que poderiam levar à flagrância e prevenção de ocorrências de maior vulto. Trata-se de um defeito em nosso modelo de polícia, em nossa legislação, que leva à inoperância do sistema. O que geralmente fazem os policiais?
O menos prejudicial à sociedade, se expondo, às vezes, na prática de uma omissão, mas garantindo bens jurídicos maiores que a simples autuação de um usuário de tóxico, como no caso em questão. Assim, o que se anuncia como Tolerância Zero é nada menos que colocar o sistema inoperante e deficiente para exibir sua face de letargia.
O Destino da PEC 300
Aos poucos, o Governo Federal vai conseguindo desvirtuar o trâmite do Piso Salarial Nacional. As teias políticas, sustentadas pela posse do poder, estão fisgando a maioria parlamentar a favor da aprovação da medida. Ineficiência política dos nossos articuladores ou competência do Governo?
Vejo a mobilização em torno do piso salarial nacional como uma grande vitória, pelo fato de ter unido milhares de homens e mulheres policiais num objetivo comum. Mas não posso esconder a frustração de ver o povo (sim, policiais também são do povo) ser calado e ignorado em seu desejo justo, aplicável e necessário.
É irônico ver o partido dos trabalhadores ser rejeitado por quem tanto apregoou dignidade e respeito aos profissionais. Em qualquer país de dignidade mínima, o volume de mobilização que a PEC 300 alcançou faria qualquer governo aderir a ela. No Brasil, não.
2 comentários:
A questão salarial merece especial atenção!
A tropa quer saber sobre o andamento das negociações por reajuste de vencimento, visando uma melhoria salarial, pois os salários da Corporação já estão muito defasados. Já são quase quarenta mil homens e mulheres insatisfeitos, porque estão suando e sangrando em benefício do povo fluminense e não são recompensados. Precisamos resgatar o poder de compra e consequentemente, fornecer o básico à nossa família, dentro do que “garante” o Art. 7º da CF. Precisamos viver com dignidade e não sofrer e sangrar por dentro quando um dependente pede algo bem básico e não podemos dar, por conta dos parcos salários. A nossa luta pela dignificação dos salários da PMERJ tem que continuar. Os policiais militares, profissionais de segurança pública e "HÉROIS SOCIAIS", não podem ser tratados como "mão de obra barata", tendo em vista que se trata de uma profissão de risco e lida com o maior patrimônio que o ser humano tem, a sua vida. Atualmente, o policial militar tem que fazer o “FAMOSO BICO” para poder sobreviver, o que atrapalha o seu desempenho na atividade-fim. Hoje vemos nossos colegas combatendo nessa GUERRA URBANA, por um salário medíocre, uma tremenda INJUSTIÇA! A Polícia Militar do RJ poderia, além de melhorar os soldos, adotar uma medida já utilizada na Guarda Municipal do Rio, o pagamento de Gratificação de 15% para policiais militares com Nível Superior Completo, seria um incentivo ao estudo (uma maneira de qualificar a tropa). Uma instituição que completará 201 anos, no dia 13 de maio, já deveria saber os anseios de seus funcionários e os problemas que devem ser corrigidos. Sargentos concursados (CFS) não têm perspectiva de serem promovidos, por conta de um Decreto (nº 22.169/96) que promove todas as praças por tempo de serviço, prejudicando os mais qualificados e beneficiando os acomodados que esperaram o tempo passar, uma distorsão absurda que nunca se viu no militarismo! No CBMERJ não acontece isso, pois no Governo Rosinha foi criado um Decreto beneficiando os Sargentos BM cursados. Peço ao senhor Comandante Geral, Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, que reveja este critério de tempo de serviço, pois infelizmente os que assim se beneficiam estão ocupando vaga no QDE e desta forma estão impedindo que os Sargentos de curso possam alcançar a merecida promoção. Por favor, olhe com mais carinho para essa situação. Se o "juruna" é promovido de 5 (cinco) em 5 (cinco) anos, o cursado também merece ser, pois estudou para conquistar aquela graduação e merece alcançar o grau hierárquico acima. FORÇA SEMPRE E HONRA ACIMA DE TUDO!
Sem luta, não há vitória!
Temos que ser fortes...
A derrota não é o maior fracasso. O verdadeiro fracasso está em não tentar.
OPERAÇÃO-PADRÃO (seguir rigorosamente todas as normas da atividade, o que acaba por retardar, diminuir ou restringir o seu andamento) é a solução para o problema dos baixos salários na Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Chega de miséria na PMERJ!
Postar um comentário