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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Beltrame diz que não é possível fazer incursões para prender fugitivos

O secretário de segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, concedeu uma coletiva para falar sobre a operação que ocupou os morros do Complexo de São Carlos, no Centro e em Santa Teresa, na manhã deste domingo.


"As polícias Civil e Militar do Rio se organizaram e conseguiram fazer essa ocupação. Essa luta é do cidadão de bem contra o crime, ela não é da Secretaria de Segurança, da Polícia Federal ou do Ministério da Defesa, ela é uma luta brasileira. E eu tenho certeza que daqui nós podemos levar essas ações para outros estados, e quem sabe diminuir índices de criminalidade em todo o Brasil", disse o secretário.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Questionado sobre o que a polícia tem feito para prender os traficantes que fugiram das áreas ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora, Beltrame declarou que a polícia tem que fazer um trabalho planejado. "A polícia segue o seu planejamento. Não adianta agir de maneira atabalhoada. Nós não temos o direito de errar. Temos que dar passos definitivos. Cada trabalho desses tem que ser feito de uma única vez. Temos um compromisso. E vamos fazer de uma maneira bem feita".

O secretário evitou falar sobre as informações passadas pelo serviço de inteligência, acerca da localização dos bandidos. Segundo ele, não é possível, no momento, fazer novas incursões para prender os fugitivos. "Essa informação não vai ser passada de forma alguma. Como profissional de polícia e segurança pública, jamais isso será revelado". No entanto, ele garante que já tem informações sobre as rotas de fuga.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O aviso prévio da polícia, sobre o dia da ocupação, pode ser encarado como um ponto negativo, mas para Beltrame evita o confronto e a morte e inocentes. "Num planejamento, todas as decisões têm aspectos negativos e posivitos. Eu prefiro que isso aconteça (fuga dos bandidos) que uma vida seja debelada, uma criança seja ferida ou um policial ferido ou morto".

Segundo Beltrame, a migração dos criminosos para outras áreas não afeta os objetivos de longo prazo da política de segurança pública do Rio de Janeiro. "Tudo tem seu tempo. Nós não podemos querer recuperar 30 anos de abandono em quatro. Nós entendemos que lá na frente nós vamos ter uma boa melhora nos índices de criminalidade da cidade", garantiu.

O secretário de Segurança que a ocupação já estava prevista e teve de ser adiada em função do destacamento de policiais militares e civis à região serrana do Estado, no atendimento às vítimas das chuvas de janeiro.

Beltrame agradeceu o apoio da Polícia Federal e do Ministério da Defesa, que disponibilizou blindados da Marinha. "Esse trabalho não se encerra por aqui, hoje ou daqui a pouco. Nós temos que apresentar resultados à população", disse Beltrame.

Operação para instalar novas UPPs

A operação policial que ocupa as comunidades do Complexo do São Carlos para dar início ao processo de instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras foi bem sucedida. Policias do Batalhão de Choque soltaram, simultaneamente, fogos que liberam uma fumaça azul nos morros do Escondidinho, Falet e Fogueteiro, para sinalizar o sucesso da ação aos moradores. E, por volta das 8h20, hastearam a bandeira da corporação em frente a quadra de esportes do Morro dos Prazeres.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Por volta das 6h, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram no Morro do São Carlos em quatro anfíbios da Marinha, com auxílio de militares. A ocupação não teve resistência e ninguém foi preso. Poucos moradores estão nas ruas, ams agluns aproveitam para fotografar a entrada da polícia da janela de suas casas. Agora, a polícia vasculha as comunidades à procura de drogas e suspeitos de envolvimento com o tráfico.

A operação vai ocupar nove comunidades: São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres, atendendo diretamente 26 mil moradores. Se levarmos em consideração os 17 bairros do entorno, a população beneficiada soma 520 mil pessoas.

5 comentários:

Anônimo disse...

O preço de ser um Policial Militar

A profissão de Policial Militar é uma atividade de alto risco, que gera muito estresse, uma vez que o mesmo lida, no seu cotidiano, com a violência, a brutalidade e a morte. Diariamente este profissional é submetido a situações desgastantes que colocam em risco a própria vida. A sociedade cobra do policial conduta irrepreensível a todo tempo. Para ingressar na corporação o policial é submetido a um teste psicológico que avalia se ele tem pré-requisitos para assumir a função, mas após o ingresso a sua saúde mental é desvalorizada.

Muitos fatores contribuem para que a saúde mental dos policiais fique comprometida, entre eles a distância de suas famílias, falta de condições de trabalho, falta de reconhecimento e valorização profissional por parte da sociedade e da corporação, consequentemente acabam deprimidos, ansiosos e insatisfeitos com a profissão (um em cada três policiais não entraria na corporação se pudesse voltar no tempo). Desencanto este que já havia nas esferas de praças e agora vejo-o com clareza nas esferas do oficialato.

Para a manutenção da saúde mental de seus servidores, a instituição policial-militar deve oferecer atendimento psicológico, promover atividades físicas, valorizar os seus profissionais oferecendo melhores condições de trabalho e salários dignos, dessa forma resultará em homens e mulheres satisfeitos e motivados em promover a segurança pública que a sociedade carece. Polícia não se faz com política (politicagem)! Vão-se os Governos e Políticos… Mas a PMERJ e a tropa serão eternas… Político qualquer um pode ser, basta ser eleito, POLICIAL NÃO, pois trata-se de um servidor concursado!

Anônimo disse...

A PEC 300 É A ÚNICA ESPERANÇA DO PM

UM DOS PRINCIPAIS FATORES DE ESTRESSE VIVENCIADOS PELOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO É O SALÁRIO, CONSIDERADO INJUSTO.

É bom ficarmos atentos...

O Rio de Janeiro arrecada, sozinho, a IMPRESSIONANTE cifra de R$ 101.964.282.068,00 (mais de CEM BILHÕES DE REAIS).

Sérgio Cabral conta com a segunda maior arrecadação do Brasil e, mesmo assim, paga o menor soldo do país aos Bombeiros e Policiais Militares! Os "heróis" se arriscam, enfrentam o perigo de morte, mas não são recompensados...

Anônimo disse...

Qualquer cidadão de bom senso sabe que Policiais Militares e Bombeiros do Rio de Janeiro recebem salários vergonhosos e totalmente incompatíveis com a responsabilidade dessas funções em nossa sociedade.

O PM do Rio vive buscando complementar seu salário de fome na folga, fazendo segurança, o que o deixa cansado e prejudica seu serviço na PMERJ.

Quem não apóia a PEC 300, é contra a segurança pública.

A PROPAGANDA É A PRINCIPAL ARMA DO GOVERNO PARA ENGANAR A POPULAÇÃO!

A PMERJ é a Polícia mais mal paga do Brasil.

Como pode o GOVERNO do Estado do RJ pagar tão mal a sua Polícia Militar?

Anônimo disse...

Não à política de bonificações

O policial militar não é um garçom, para receber "gorjeta" (gratificação)!

O policial militar não é um mendigo, para receber "esmola" (bolsa)!

Anônimo disse...

A questão salarial merece especial atenção. Os soldos da Corporação já estão muito defasados!

HÁ IRREGULARIDADE NOS SOLDOS DE 1º SARGENTO PARA BAIXO...

SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE (A PARTIR DE FEVEREIRO/2011): R$ 545,00 (QUINHENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS).

SOLDO DE 1º SGT PM/BM: R$ 538,37
SOLDO DE 2º SGT PM/BM: R$ 488,72
SOLDO DE 3º SGT PM/BM: R$ 444,60
SOLDO DE CB PM/BM: R$ 385,01
SOLDO DE SD PM/BM: R$ 334,27
SOLDO DE AL CFSD PM/BM: R$ 275,81

Não é difícil agir corretamente! O Governo do Estado do Rio de Janeiro precisa dar apenas 97,6% de reajuste salarial para equiparar o menor soldo da PMERJ e do CBMERJ (R$ 275,81) ao salário mínimo vigente (R$ 545,00).

A PMERJ ficou para trás não só na questão salarial, mas também nos seus concursos. Em outros Estados, exige-se BACHARELADO EM DIREITO para ingressar no CFO e NÍVEL SUPERIOR COMPLETO para ingressar no CFSD!

Chega de DESGOVERNO...

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