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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Onze UPPs vão patrulhar área do Alemão e da Penha

Polícia Militar promove ‘vestibulinho’ para selecionar os oficiais que vão comandar 2.200 policiais no processo de pacificação

Ocupados pelas forças de paz desde o fim de novembro, os complexos do Alemão e da Penha vão ganhar 11 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que serão instaladas entre setembro e outubro. Ao todo, 2.200 policiais vão atuar nas 25 favelas da região — 15 no Alemão e 10 na Penha. À frente dessa tropa estará um grupo de oficiais que terá de passar por um processo interno de seleção: o ‘vestibulinho’, apelido dado pelo coronel Robson Rodrigues, comandante das UPPs.

No posto há oito meses, o coronel é responsável pela nova forma de escolha dos comandantes das unidades. Com a sua chegada, os candidatos deixaram de ser indicados e passaram a ser selecionados depois da análise da ficha funcional e do currículo. Em seguida, os interessados passam por uma entrevista com o coronel, que dá a palavra final. O encontro com o comandante é a etapa final da seleção que dura cerca de 15 dias. A abertura de vaga é comunicada pelo Boletim Interno (BI) da PM e a apresentação, voluntária.

“O critério tem que ser mais rigoroso. A gente faz questão de analisar a ficha disciplinar e eliminamos o policial que tiver alguma anotação. E nem precisa ser uma grande transgressão disciplinar, como corrupção”, afirmou, acrescentando: “Minha concepção de desvio aqui é diferente. Um anotação que demonstre falta de sensibilidade comunitária já manifesta que ele não tem a habilidade do diálogo, um dos principais pré-requisitos para ser comandante de UPP. Mas é lógico que isso não vai ser a única questão analisada. Vou ouvi-lo também e na entrevista podemos avaliar melhor o oficial”, explicou Robson.

O coronel contou que dez candidatos se apresentaram para a escolha dos comandantes das próximas três UPPs. As futura unidades deverão estar em funcionamento dentro de aproximadamente um mês nas comunidades do Estácio, Santa Teresa, Rio Comprido e Catumbi.

Capitã Alessandra Carvalhaes, da UPP Formiga, na Tijuca, foi a primeira comandante de uma UPP a ser selecionada no ‘vestibulinho’. Desde então, cinco oficiais já passaram pelo mesmo processo. Um deles é o capitão Almir Beltran, que comanda a UPP do Turano, no Rio Comprido. “Foi fácil. Eu já havia trabalhado com o coronel Robson no Batalhão de Choque e ele conhece meu trabalho. Esse processo de escolha é mais democrático porque dá chance de todos serem comandantes de uma UPP”, analisou o oficial.

Até o fim do ano, os comandantes serão treinados pela Escola Nacional de Polícia Pacificadora (Enapp), que funcionará no atual quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Laranjeiras — a sede da tropa de elite vai se mudar para Ramos. O atual quartel dos ‘caveiras’ vai abrigar ainda o Comando de Polícia Pacificadora (CPP).

Capacidade de diálogo é qualidade fundamental

Liderança, inteligência, conhecimento, compromisso e solidariedade comunitária. Essas são algumas das principais ‘armas’ que um oficial precisa ter para comandar uma UPP.

“Inteligência é fundamental porque você está num espaço aberto e precisa inovar as ações a todo momento”, explicou o coronel Robson. “ E solidariedade comunitária, porque ele vai lidar com novas realidades que se descortinam quando você acaba com a tirania do tráfico. Por isso, o policial tem que estar atento. Se continuar com os modelos tradicionais, ele não avança. Se for alguém extremamente conservador, resistente a mudanças, já corto. Tem que ter capacidade de ouvir, dialogar”, frisou o comandante.

Os candidatos que não foram escolhidos para comandarem uma UPP ficam com seu processo arquivado e podem participar de outra seleção. “A gente faz uma espécie de banco de dados e avisa quando haverá uma nova escolha. Fica mais fácil porque já temos os candidatos com o perfil que procuramos”, acrescentou.

Governo federal vai implantar 30 unidades em outros estados

As UPPs se tornaram também a menina dos olhos do governo federal no combate e prevenção à criminalidade. Citado com frequência pela presidenta Dilma Rousseff, o projeto está próximo de chegar a outros estados. Já há verba para implantar pelo menos 30 unidades — valores, locais e datas ainda não foram revelados.

Equipe de 18 pessoas de Brasília chega amanhã ao Rio. Entre elas, está a diretora de Prevenção da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Cristina Villanova, que vai se encontrar com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e policiais militares envolvidos no programa das UPPs. O grupo será apresentado ao projeto desde sua criação até os resultados alcançados.

5 comentários:

Anônimo disse...

O preço de ser um Policial Militar

A profissão de Policial Militar é uma atividade de alto risco, que gera muito estresse, uma vez que o mesmo lida, no seu cotidiano, com a violência, a brutalidade e a morte. Diariamente este profissional é submetido a situações desgastantes que colocam em risco a própria vida. A sociedade cobra do policial conduta irrepreensível a todo tempo. Para ingressar na corporação o policial é submetido a um teste psicológico que avalia se ele tem pré-requisitos para assumir a função, mas após o ingresso a sua saúde mental é desvalorizada.

Muitos fatores contribuem para que a saúde mental dos policiais fique comprometida, entre eles a distância de suas famílias, falta de condições de trabalho, falta de reconhecimento e valorização profissional por parte da sociedade e da corporação, consequentemente acabam deprimidos, ansiosos e insatisfeitos com a profissão (um em cada três policiais não entraria na corporação se pudesse voltar no tempo). Desencanto este que já havia nas esferas de praças e agora vejo-o com clareza nas esferas do oficialato.

Para a manutenção da saúde mental de seus servidores, a instituição policial-militar deve oferecer atendimento psicológico, promover atividades físicas, valorizar os seus profissionais oferecendo melhores condições de trabalho e salários dignos, dessa forma resultará em homens e mulheres satisfeitos e motivados em promover a segurança pública que a sociedade carece. Polícia não se faz com política (politicagem)! Vão-se os Governos e Políticos… Mas a PMERJ e a tropa serão eternas… Político qualquer um pode ser, basta ser eleito, POLICIAL NÃO, pois trata-se de um servidor concursado!

Anônimo disse...

A PEC 300 É A ÚNICA ESPERANÇA DO PM

UM DOS PRINCIPAIS FATORES DE ESTRESSE VIVENCIADOS PELOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO É O SALÁRIO, CONSIDERADO INJUSTO.

É bom ficarmos atentos...

O Rio de Janeiro arrecada, sozinho, a IMPRESSIONANTE cifra de R$ 101.964.282.068,00 (mais de CEM BILHÕES DE REAIS).

Sérgio Cabral conta com a segunda maior arrecadação do Brasil e, mesmo assim, paga o menor soldo do país aos Bombeiros e Policiais Militares! Os "heróis" se arriscam, enfrentam o perigo de morte, mas não são recompensados...

Anônimo disse...

Qualquer cidadão de bom senso sabe que Policiais Militares e Bombeiros do Rio de Janeiro recebem salários vergonhosos e totalmente incompatíveis com a responsabilidade dessas funções em nossa sociedade.

O PM do Rio vive buscando complementar seu salário de fome na folga, fazendo segurança, o que o deixa cansado e prejudica seu serviço na PMERJ.

Quem não apóia a PEC 300, é contra a segurança pública.

A PROPAGANDA É A PRINCIPAL ARMA DO GOVERNO PARA ENGANAR A POPULAÇÃO!

A PMERJ é a Polícia mais mal paga do Brasil.

Como pode o GOVERNO do Estado do RJ pagar tão mal a sua Polícia Militar?

Anônimo disse...

Não à política de bonificações

O policial militar não é um garçom, para receber "gorjeta" (gratificação)!

O policial militar não é um mendigo, para receber "esmola" (bolsa)!

Anônimo disse...

A questão salarial merece especial atenção. Os soldos da Corporação já estão muito defasados!

HÁ IRREGULARIDADE NOS SOLDOS DE 1º SARGENTO PARA BAIXO...

SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE (A PARTIR DE FEVEREIRO/2011): R$ 545,00 (QUINHENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS).

SOLDO DE 1º SGT PM/BM: R$ 538,37
SOLDO DE 2º SGT PM/BM: R$ 488,72
SOLDO DE 3º SGT PM/BM: R$ 444,60
SOLDO DE CB PM/BM: R$ 385,01
SOLDO DE SD PM/BM: R$ 334,27
SOLDO DE AL CFSD PM/BM: R$ 275,81

Não é difícil agir corretamente! O Governo do Estado do Rio de Janeiro precisa dar apenas 97,6% de reajuste salarial para equiparar o menor soldo da PMERJ e do CBMERJ (R$ 275,81) ao salário mínimo vigente (R$ 545,00).

A PMERJ ficou para trás não só na questão salarial, mas também nos seus concursos. Em outros Estados, exige-se BACHARELADO EM DIREITO para ingressar no CFO e NÍVEL SUPERIOR COMPLETO para ingressar no CFSD!

Chega de DESGOVERNO...

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