Recém-empossada como chefe da Polícia Civil no Rio, a delegada Martha Rocha já tomou sua primeira medida de impacto: começou a devolver para a Polícia Militar os chamados adidos, PMs cedidos para trabalhar em delegacias. Primeira mulher à frente da instituição, a delegada fala sobre seus planos e compromissos com voz firme e tranquila.
Um contraste com o momento turbulento que vive a Polícia Civil, sacudida por uma de suas maiores crises, após a Operação Guilhotina. Entre os projetos estão o fim definitivo das carceragens da Polinter, a partir de março, e a equiparação das gratificações dos policiais. Na correria dos primeiros dias no cargo, ela batizou o heliponto no prédio da Chefia, no Centro, de ‘território Martha Rocha’: é lá que a delegada pretende se isolar para tomar decisões.
Muitos dos policiais lotados em delegacias e envolvidos nas denúncias que detonaram a operação da Polícia Federal eram PMs cedidos à Polícia Civil. Como ficarão os adidos em sua gestão?
MARTHA: - Não há mais adidos na Polícia Civil. Assim que assumi, ordenei que os policiais militares cedidos fossem devolvidos. Pedi que o Departamento Geral de Administração me informe se há mais algum policial militar cedido e que o devolva ao Comando da Polícia Militar. Mas não devolvemos por conta da Operação Guilhotina. Acho que a Polícia Civil não tem por que trabalhar com o policial militar. Em determinado momento, o doutor Allan (Turnowski) falou sobre isso dizendo que começou lá atrás com a Divisão Antissequestro, e houve uma integração. Não aprovo essa decisão. Particularmente, já não aprovava. Não há mais adidos.
A Polícia Civil continua a manter informantes? Haverá alguma proteção especial a essas testemunhas?
É importante pontuar essa questão. A polícia vive de informações. Uma coisa é buscar a informação. Outra é a convivência inadequada com quem presta essa informação. O problema ali (a Operação Guilhotina surgiu a partir do relato de um informante que está sob proteção especial) foi essa convivência inadequada. Já a Sessão de Proteção ao Depoente Especial (antigo Programa de Proteção à Testemunha) está em outra esfera, outra secretaria.
A senhora fará diferença entre policiais ‘ficha limpa’ e ‘ficha suja’? Quem estiver sob investigação, por exemplo, poderia ser afastado de suas funções?
Há dentro da legislação policial todo um procedimento de apuração. Se necessário, o policial envolvido é colocado na condição de Polícia em Situações Diversas. Mas o importante aí não é falar isso, mas, sim, em fortalecer a corregedoria. Ter uma corregedoria pró-ativa. Então, na verdade, teremos uma corregedoria forte, com ações eficientes e rápidas. Mas claro que uma rapidez com certa serenidade, na medida correta, sem deixar para trás qualquer pré-requisito da legislação policial.
Hoje há diferença com relação às gratificações recebida pelos policiais. Haverá equiparação?
Esse é um problema que será sanado. A previsão que temos é que em breve todas as delegacias farão parte do Programa Delegacia Legal, que é ligado à Secretaria de Obras. Vou conversar com o Cesar Campos (coordenador do Projeto Delegacia Legal) sobre isso. Acompanhei isso nas Deams (Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher) de Campos e Nova Friburgo. Faltam poucas delegacias e isso vai equiparar as gratificações.
A degradação e superlotação nas carceragens da Polinter são problemas antigos? Em sua gestão, eles terão soluções?
O projeto Delegacia Legal já era de acabar com as carceragens. Mas, a partir de março, os presos entrarão direto em Casas de Custódia, sob a responsabilidade da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária). Os que estão nas carceragens da Polinter continuam. À medida que saírem, as carceragens serão esvaziadas, já que ninguém retornará ou dará entrada na Polinter. O importante é que se recuperem, mas, caso voltem a ser presos, vão diretamente para o sistema penitenciário.
A senhora marcou um encontro com a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki? Alguma parceria em vista com o governo federal?
Ela me ligou para dar os parabéns, mas já começamos a trabalhar. Imediatamente, falei da possibilidade de estarmos juntas para pensar. Vamos nos organizar para, já na terça-feira, eu levar propostas para ela.
Quais serão os principais investimentos na Polícia Civil a partir de agora?
Farei reuniões para conhecer os projetos tocados. Mas adianto que será fundamental o investimento em tecnologia e qualificação do homem.
A senhora assumiu o cargo em um momento complicado. Como se manterá firme diante da pressão?
Preciso ficar sozinha, falar sozinha. Quando cheguei ao heliponto no alto do prédio da Chefia, olhei a cidade e comecei a digerir a magnitude do cargo. Elegi o heliponto como ‘território Martha Rocha’. E será lá, sozinha, que tomarei decisões importantes.
11 comentários:
Para mim, não muda nada a decisão da Chefe da Polícia Civil! Eu nunca ficaria adido à Polícia Civil mesmo! Eu prestei concurso para a VALOROSA POLÍCIA MILITAR, não para a Polícia Civil, instituição que eu não confio nem um pouco!! Se eu quisesse trabalhar na PCERJ, teria prestado concurso para lá (com certeza seria aprovado)! Viva a PMERJ, a verdadeira POLÍCIA DO RIO!
Polícia Civil do Rio é a mais corrupta
Martha Rocha deveria estar mais preocupada com a "banda podre" da Polícia Civil!
CONFIO MUITO MAIS NA POLÍCIA MILITAR!
A PMERJ COLOCA OS MAUS PMs NA RUA!
PEC 300 - CAMINHADA EM COPACABANA NO DIA 27 FEV 2011
HORÁRIO: 10:00 HORAS
LOCAL DE CONCENTRAÇÃO: POSTO 6 (SEIS)
http://3.bp.blogspot.com/-q2Rn16YhUfY/TWUjgy_kD1I/AAAAAAAAJvs/gtQJELukCR0/s1600/convite.jpg
CONVITE
Os Bombeiros e os Policiais Militares convidam a população e a mídia do Rio de Janeiro para a grande caminhada da PEC 300, na luta por uma segurança pública de qualidade, desenvolvida por profissionais dignamente valorizados.
A HORA É DE VALORIZAR A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO!
SARGENTOS, CABOS E SOLDADOS DA PMERJ CONTINUAM RECEBENDO SOLDOS ABAIXO DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE, O QUE CARACTERIZA UMA OFENSA A UM DIREITO LÍQUIDO E CERTO CABALMENTE COMPROVADO (CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DE 1989, INCISO I DO ARTIGO 92).
DE ACORDO COM A LEI, O BOMBEIRO E O POLICIAL MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DEVEM RECEBER UM SOLDO IGUAL OU ACIMA DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE.
A ilegalidade ocorre quando haja qualquer tipo de ofensa à lei, podendo o vício dizer respeito à competência, à forma, ao objeto, ao motivo ou à finalidade.
Carta Magna
O soldo inferior ao salário mínimo desrespeita, também, a Constituição Federal de 1988 (Inciso VII do Artigo 7º). OS MILITARES ESTADUAIS PRECISAM SER RESPEITADOS!
A HORA É DE APOIAR A PEC 300 - CAMINHADA EM COPACABANA NO DIA 27 FEV 2011 - DOMINGO ÀS 10:00 HORAS NO POSTO 6 (SEIS).
Os Bombeiros e os Policiais Militares convidam a população e a mídia do Rio de Janeiro para a grande caminhada da PEC 300, na luta por uma segurança pública de qualidade, desenvolvida por profissionais dignamente valorizados.
( http://3.bp.blogspot.com/-q2Rn16YhUfY/TWUjgy_kD1I/AAAAAAAAJvs/gtQJELukCR0/s1600/convite.jpg )
A PEC 300 é uma questão de JUSTIÇA!
Será que só a PF, a PRF, a PCDF, a PMDF e o CBMDF merecem um salário digno? Os servidores da PMERJ e do CBMERJ estão trabalhando praticamente de graça! Pagar um soldo inferior ao salário mínimo vigente aos militares estaduais, além de ilegal, é uma demonstração de falta de respeito com as corporações às quais eles integram.
QUEM É CONTRA A PEC 300, É CONTRA A SEGURANÇA PÚBLICA, É CONTRA A POLÍCIA!
Ha,os informantes mudaram de lado?
Tá bom,que legal.
O salário mínimo foi fixado em R$ 545,00.
1º Sgt recebe um SOLDO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO;
2º Sgt recebe um SOLDO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO;
3º Sgt recebe um SOLDO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO;
Cb PM recebe um SOLDO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO;
Sd PM recebe um SOLDO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO.
PEC 300 - CAMINHADA EM COPACABANA AMANHÃ (DOMINGO, 27 FEV 2011)!
POLÍCIA MILITAR É ORGANIZADA
POLÍCIA CIVIL É UMA BAGUNÇA!
DELEGADA DE POLICIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO DRA.MARTHA ROCHA...
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