A movimentação encabeçada por policiais militares da Paraíba em reividicação ao reajuste salarial nos termos da PEC 300 acabou chegando ao fim após a justiça estadual decretar a ilegalidade do movimento. Foi o argumento utilizado pelo Major Fábio, líder da mobilização: “Nós, policiais militares, vamos cumprir a determinação da Justiça. Isso é normal na vida do policial militar. O soldado está acostumado a obedecer”.
Em entrevista concedida na noite desta quarta, o Major desconversou quando a imprensa quis saber se a “greve” continuava. Segundo ele, a PMPB não fez greve, mas estava em estado de vigília, e os policiais que não compareceram ao serviço ou não saíram para trabalhar o fizeram por problemas outros – falta de equipamentos, problemas de saúde etc. A parte mais interessante da entrevista (que você pode ouvir clicando aqui), é aquela em que o major diz às repórteres que não houve greve, até mesmo porque a própria imprensa não noticiou greve alguma, e, pelo contrário, anunciou que cerca de mil policiais estariam trabalhando num evento que ocorreria no estado.
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O que ocorreu no movimento reivindicatório da PMPB foi que o governo teve total controle sobre o que os meios de comuicação veiculavam, onde se noticiava a proatividade de unidades que até então não tinha aderido ao movimento, diminuia-se as notícias ligadas à evolução do movimento e, ao mesmo tempo, divulgava-se com letras garrafais ações de repressão ao movimento, como a declaração de ilegalidade por parte da justiça.
O controle da comunicação gera falta de pressão no governo por parte da sociedade e, ao mesmo tempo, receio naqueles policiais que não aderiram às reivindicações, bem como nos que já estão atuando.
Creio que o Major Fábio, após a declaração de ilegalidade do movimento, analisou a adesão da tropa às reivindicações, e vendo que a continuidade responsabilizaria apenas uma minoria, resolveu abrir mão da mobilização. Esta cena, de controle da imprensa, adesão limitada e ameaça do governo não ocorre a primeira vez no Brasil, o problema é o que vem depois dela…
Movimentos reivindicatórios frustrados tornam a tropa desacreditada nela mesma, pois a sensação inevitável é: “não há mais nada a fazer”. Esperamos, um pouco desacreditados, que tal sentimento não ocorra na PMPB, e que o comando da corporação e as lideranças da classe saibam lidar com o trauma de ter tentado e não conseguido, pois a psicologia da classe funciona mais ou menos como a psicologia das pessoas. Frustração, eis o que resta.
12 comentários:
É por isso que eu digo greve não adianta, eles tem o poder na mão. Os estados que conseguem alguma coisa (como foi o caso de Sergipe), só consegue porque temum governo que não se mostrou indiferente. Aqui no Rio estamos ferrados o Cabral ia fazer muito pior.
Sérgio Cabral prometeu diminuir consideravelmente o número de parcelas do reajuste concedido aos policiais militares. Estima-se que o reajuste seja pago no máximo em 24 meses. AS coisas estão começando a melhorar...
POR QUE NÃO TORNAR A POLÍCIA MILITAR UMA CARREIRA DE NÍVEL SUPERIOR?
"A POLÍCIA QUE OS GOVERNADORES QUEREM
A Polícia que a sociedade quer não é a mesma que os governadores querem.A sociedade quer uma polícia bem preparada,bem equipada,seus homens motivados,tratando-a com polidez e urbanidade.Uma polícia com níveis de corrupção baixíssimos e que defenda ardentemente os direitos humanos,entretanto os governadores estão mais preocupados em terem uma polícia que lhes seja leal.
Na Academia de Polícia Militar que forma os oficiais do estado do Rio de janeiro,pode-se ler uma máxima de um General:”Os profissionais não se improvisam e o mando deve caber ao mais digno e competente”.Ora,o que o general pensava dizer na verdade era o seguinte: “ o mando deve caber ao mais digno e leal”.
Na Polícia Militar,o oficial só chega ao último posto por meio do chamado merecimento,o qual,na verdade, é medido não pela capacidade,mas pela lealdade, ou seja, só se chega a Coronel o oficial que for leal aos coronéis que estão comandando a corporação, os quais estão ali por serem leais ao governador.Salta à vista que estamos diante de um grande dilema,pois a sociedade quer policiais capacitados,preparados para lhe servir e proteger,enquanto que os governadores querem policiais leais.
Urge termos policiais bem pagos,com uma carreira que premie os mais capacitados.É necessário,portanto, que haja apenas um forma de ingresso na instituição e que só subam na carreira aqueles policiais que se submetam a concursos internos,todos em níveis de igualdade,exigência essa até mesmo para se chegar ao último posto,aberto a todos os policiais militares,desde que sejam aprovados em exames internos,obrigando assim o Policial Militar a se reciclar constantemente,resultando para a sociedade profissionais de segurança pública muito mais qualificados e preparados para o exercício de sua função pública.
Prezado cidadão:Interessaria aos governadores terem uma Polícia Militar que priorizasse a capacidade,em vez da lealdade? Em prol do interesse público, os governadores reformariam suas polícias a esse nível,abrindo mão da moeda de troca da lealdade por promoção?
Esta é a razão de só se falar em reformar as Polícias, só se falar!"
CAPITÃO MELQUISEDEC NASCIMENTO
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES AUXILIARES E ESPECIALISTAS (AMAE)
O Exército Brasileiro não paga bem, mas não paga nenhum SOLDO abaixo do salário mínimo vigente!
Um coronel do Exército ganha R$ 13.714,10.
Um tenente-coronel do Exército ganha R$ 12.576,36.
Um major do Exército ganha R$ 11.528,16.
Um capitão do Exército ganha R$ 8.431,11.
Um primeiro-tenente do Exército ganha R$ 7.343,88.
Um segundo-tenente do Exército ganha R$ 6.371,07.
Um subtenente do Exército ganha R$ 5.863,07.
Um primeiro-sargento do Exército ganha R$ 4.970,66.
Um segundo-sargento do Exército ganha R$ 4.144,78.
Um terceiro-sargento do Exército ganha R$ 3.259,72.
Um cabo (engajado) do Exército ganha R$ 2.105,31.
Um soldado do Exército ganha R$ 1.850,00.
Obs: Todos os SOLDOS estão bem acima do salário mínimo vigente!
O Governo do Estado do Rio de Janeiro deveria seguir o exemplo do Governo Federal e pagar um salário digno aos seus militares (da PMERJ e do CBMERJ)!
Sérgio Cabral Filho, governador do Estado do Rio de Janeiro, é um homem desprezível, um patife, um salafrário, um legitimo mal caráter, que usa de um suposto bom mocismo, de um suposto bom sujeito, apenas com intenção de se perpetuar no poder. O sujeito, demagogo, não tem interesse em alavancar o Estado, o seu interesse é alavancar a si mesmo.
O soldo do Policial Militar tem que ser, obrigatoriamente, acima do salário mínimo vigente, por determinação do Inciso I do Artigo 92 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
"ART. 92 – AOS SERVIDORES MILITARES FICAM ASSEGURADOS OS SEGUINTES DIREITOS:
I – GARANTIA DE SALÁRIO, NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO, …"
As palavras “soldo” (“remuneração por serviços militares”) e “soldado” (“homem de guerra”) têm sua origem no nome da moeda romana, com a qual os soldados romanos eram pagos.
O SOLDO é a parte básica dos vencimentos inerentes ao posto ou à graduação do policial militar, ou seja, é o salário do PM.
A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DE 1989 ASSEGURA AOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES, NO INCISO I DO ART. 92, A GARANTIA DE SALÁRIO NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO (reforçando o que o Inciso VII do Artigo 7º da Constituição Federal de 1988 já previa).
GOVERNO DO RIO DE JANEIRO,
O ESTADO QUE POSSUI A SEGUNDA MAIOR ARRECADAÇÃO DO BRASIL,
PAGA O MENOR SALÁRIO MILITAR DO PAÍS.
OS GOVERNADORES DE SERGIPE E DO TOCANTINS JÁ ADERIRAM À PEC 300 (que cria o piso salarial nacional) E PAGAM SALÁRIOS ACIMA DE R$ 3.200,00 aos SOLDADOS PM!
SALÁRIO DO SOLDADO DA PMERJ: R$ 1.031,38 (mil e trinta e um reais e trinta e oito centavos). De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o Salário Mínimo Necessário em Dezembro de 2010 ficou em R$ 2.227,53 (dois mil, duzentos e vinte e sete reais e cinquenta e três centavos), mais do que o dobro do que o Estado do RJ paga ao Soldado PM!
http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminMenu09-05.xml
O Salário Mínimo Necessário é o valor estimado pelo DIEESE considerando o dispositivo constitucional (CRFB, artigo 7º, inciso IV) que prevê as necessidades que o salário mínimo deveria suprir, ou seja, é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais básicas do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Mesmo amando a profissão, o PM não pode trabalhar (se dedicar) por tão pouco!
Me entristece, como cidadão fluminense, ver que a Polícia Militar do meu Estado recebe a pior remuneração do Brasil!
Concurso para Oficial da Polícia Militar deveria exigir Bacharelado em Direito e cobrar Direito Penal, Processo Penal, Direito Civil, Medicina Legal, Direito Administrativo e Direito Constitucional. É o mínimo!
sei lá , mas o que ele vai conseguir com isso é diminuir o numero de atendimentos e ocorrências policiais. maquiando e tornando a violência estatística menor que a violência real sem a efetiva solução para todos ,acho que ele deveria premiar é o aumento de prisões e de acordo com a relevância um bom prêmio para a guarnição envolvida durante um prazo mínimo de seis meses ! quanto será que valeria a prisão de um homicida , traficante , pedófilo ,assaltante ... É só criar uma tabela com a classificação de ilícitos e com valores dos prêmios em caso de prisão que a galera vai pra dentro deles.
Tendo em vista a quantidade de vagas ociosas, o COMANDANTE-GERAL da PMERJ, no uso de suas atribuições legais, poderia verificar a possibilidade de promoção dos 3º SARGENTOS PM CONCURSADOS (CFS 2004, 2005 e Turma A de 2006) à graduação de 2º Sgt PM. A primeira turma de 2006 já está completando 4 (quatro) anos na graduação, tempo previsto pelo DECRETO Nº 39.109, DE 04 DE ABRIL DE 2006, que só beneficiou os integrantes do CBMERJ. As Promoções de Praças por Tempo de Serviço, para serem justas, deveriam considerar o TEMPO NA GRADUAÇÃO! É justo dentro do mesmo Estado os Sargentos concursados do CBMERJ e da PMERJ terem promoções diferenciadas?
O Interstício do Sargento PM concludente do CFS deveria ser:
4 (quatro) anos de permanência na graduação de 3º Sargento PM;
3 (três) anos de permanência na graduação de 2º Sargento PM;
2 (dois) anos de permanência na graduação de 1º Sargento PM.
A função de Sargento na PM poderia ser preenchida somente através de concurso interno para a referida graduação. Seria bem melhor para a corporação. Se não beneficiarmos os bons PMs, a tropa ficará nivelada por baixo. A promoção não pode ser vista apenas como uma forma de melhoria salarial, pois, como está escrito na parede da APM, "O Comando cabe ao mais digno e competente".
QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA
Infelizmente, as autoridades deixam muito a desejar, pois cobram resultados e não se comprometem em estudar uma forma de incentivar o policial militar a prestar concursos internos, ou seja, estimular o estudo na PMERJ, uma corporação bicentenária que merece mais respeito.
Hoje em dia, estar na Polícia Militar é como estar "SEM EMPREGO", pois a renda do PM é insuficiente para pagar as DESPESAS BÁSICAS de sobrevivência. O "bico" virou o trabalho principal...
TABELA SALARIAL DOS SOLDADOS DO BRASIL
Tabela Salarial dos Soldados das Polícias Militares do Brasil em início de carreira:
01º - Polícia Militar do Distrito Federal – R$4.129,73;
02º - Polícia Militar do Estado de Sergipe – R$3.012,00;
03º - Polícia Militar do Estado de Goiás – R$2.722,00;
04º - Polícia Militar do Estado de São Paulo – R$2.387,00;
05º - Polícia Militar do Estado do Mato Grosso do Sul – R$2.176,00;
06º - Polícia Militar do Estado do Amapá – R$2.070,00;
07º - Polícia Militar do Estado do Maranhão – R$2.037,39;
08º - Polícia Militar do Estado de Alagoas – R$1.818,56;
09º - Polícia Militar do Estado do Espírito Santo – R$1.801,14;
10º - Polícia Militar do Estado do Paraná – R$1.789,00;
11º - Polícia Militar do Estado do Mato Grosso – R$1.796,71;
12º - Polícia Militar do Estado de "Minas Gerais" – R$1.775,42;
13º - Polícia Militar do Estado de Santa Catarina – R$1.600,00;
14º - Polícia Militar do Estado do Tocantins – R$1.572,00;
15º - Polícia Militar do Estado da Bahia – R$1.550,00;
16º - Polícia Militar do Estado do Amazonas – R$1.546,00;
17º - Polícia Militar do Estado de Roraima – R$1.526,91;
18º - Polícia Militar do Estado do Piauí – R$1.372,00;
19º - Polícia Militar do Estado do Acre – R$1.299,81;
20º - Polícia Militar do Estado da Paraíba – R$1.297,88;
21º - Polícia Militar do Estado de Rondônia – R$1.251,00;
22º - Polícia Militar do Estado de Pernambuco – R$1.237,29;
23º - Polícia Militar do Estado do Pará – R$1.200,00;
24º - Polícia Militar do Estado do Ceará – R$1.147,00;
25º - Polícia Militar do Rio Grande do Norte – R$1.111,00;
26º - Brigada Militar do Rio Grande do Sul – R$1.096,00;
27º - Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro – R$1.037,49.
"No Brasil, eleição é negócio e o voto é a mercadoria mais valiosa" (Coronel Nascimento - Tropa 2)
A PEC 300 é a única esperança do PM!
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