Ainda que a taxa de homicídios no Estado do Rio de Janeiro (não em números absolutos) tenha caído, entre 2008 e ano passado, conforme noticiado pelo Instituto de Segurança Pública -o IBGE e o CIDE (Centro de Informaçãoes e Dados do Rio) contestam a estimativa de crescimento populacional utilIzada no estudo -a realidade é que o número de assassinatos, nos últimos dez anos no estado, chega à impressionante soma de 60 mil, numa média aproximada de 6 mil homicídios/ano. Tal quantitativo, registre-se que neste total não estão computados os desaparecidos e os encontros de cadáver ou ossadas, sem causa-mortis definida, só é comparável ao número de mortos em violentas guerras, tal e qual a Guerra do Vietnã, onde 57 mil soldados americanos foram mortos em mais de uma década de intensos combates.
Comparativamente ao Estado de São Paulo, onde foi registrado em 2009 aumento do número roubos, homicídios, latrocínios, furtos e sequestros- o governador José Serra atribuiu à crise econômica- no Rio de Janeiro mata-se três vezes mais do que no estado vizinho apesar de São Paulo ter o dobro da população. A taxa atual de homicídios lá é de 10,9% por cem mil habitantes. Taxa esta que se compara a países e cidades no mundo ditas pouca violentas. Há que considerar, no entanto, que aqui há mais armas de guerrra em mãos de perigosos traficantes ainda encastelados em morros e favelas.
A violência do Rio de Janeiro pode ser observada inclusive pelo total de policias militares assassinados nos últimos dez anos, conforme reportagens de jornais sobre os 200anos da PM, em maio do ano passado.. Os números mostram que entre janeiro de 1999 e março de 2009, foram mortos no estado 1.458 policiais militares ( um efetivo maior do que o de um batalhão classe A da PM). Desse total 78% encontravam-se de folga.
Somente este ano, no período de duas semanas, entre 15 e 24 de janeiro, (pasmem) o banditismo, em ação do elemento surpresa na maioria dos casos ( tática de guerrilha urbana). matou sete policiais no Rio, em situação de serviço, sendo quatro policiais miltares e três civis. Extrema ousadia contra quem, naquele momento, exercia a nobre missão de defesa da sociedade. Uma autêntica chacina em conta-gotas. Tal quantitativo de policiais militares mortos é inédito em qualquer instituição policial do mundo, mesmo em corporações em que países estão ou estiveram envoltos em violentas guerras. Possuir uma arma e a carteira de policial no Rio significa ter em mãos um passaporte pré-carimbado para a morte. Registre-se que infelizmente algumas dessas mortes foram fruto do envolvimento de pseudoprofissionais de polícia com o crime.
Portanto, tais números de guerra continuam a impressionar a tudo e a todos. Há, porém, registros significativos de queda em alguns tipos de delito, como o roubo de veículos ( caiu 10.1% entre 2008 e 2009). Os números de dezembro de 2009, comparativamente ao mesmo mês de 2008 também foram positivos. Os homicídios caíram 6,1%, o roubo de veículos 21,7%, assaltos a transeuntes 10,4% e roubos de celular 12,2%. Ressalte-se que nos dois últimos delitos tipificados não está inclusa a chamada mancha cinzenta, ou seja os crimes ocorridos e que não chegaram ao conhecimento da autoridade policial, onde as vítimas acharam por bem não comparecer à delegacia policial para registro.
O aparelho policial tem agora, pois, metas governamentais ousadas para cumprir, principalmente até os Jogos Olímpicos de 2016, no que tange à redução dos crimes considerados determinantes para a maior ou menor sensação de segurança: homicídios, latrocínios ( roubo seguido de morte), roubos de veículos e roubos a transeuntes, aí incluídos os assaltos a ônibus.Por enquanto nada há a comemorar. Como bem disse o secretário de segurança do Rio. José Beltrame:" não é hora de festejar a queda, mas de trabalhar para manter a política de gestão e controle".
Portanto mãos a obra. Há muita arma e droga a ser apreendida e bandidos a serem trancafiados. A polícia pró-ativa, a que não espera acontecer para reagir, deve ser a grande meta e um Rio de Janeiro, mais humano e menos violento, com mais e mais Unidades de Polícia Pacificadora a serem implantadas, o objetivo final a ser alcançado. Por ora,o s números da violenta guerra continuam a impressionar.
7 comentários:
Com o salário mínimo de hoje (2010), R$ 510,00, se compra menos que com os R$ 200,00 de 2002.
E SÉRGIO CABRAL FILHO NÃO PAGA NEM UM SALÁRIO MÍNIMO DE SOLDO!
Detalhe: em 2002, o soldo do Soldado da PMERJ e do CBMERJ era R$ 218,00 (acima do salário mínimo vigente). Agora (em 2010), o soldo do Soldado da PMERJ e do CBMERJ está simplesmente R$ 210,00 abaixo do salário mínimo vigente!
Conclusão: o poder de compra do PM e do BM do Estado do Rio diminuiu demais nesses oito anos, ou seja, houve uma redução do poder aquisitivo dos militares estaduais, o que gera o endividamento da tropa.
SEM POLÍCIA MILITAR, NÃO HÁ CIVILIZAÇÃO.
PEC 300 E PEC 446 - A ESPERANÇA DE POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS MILITARES
A INSATISFAÇÃO É INIMIGA DA EFICIÊNCIA.
Sugestão/proposta para a TABELA DE ESCALONAMENTO VERTICAL:
GRAU HIERÁRQUICO - SOLDO DO MILITAR ESTADUAL (PMERJ/CBMERJ)
CORONEL --------------- R$ 2.000,00 - Cel
TENENTE CORONEL --- R$ 1.850,00 - Ten Cel
MAJOR ------------------ R$ 1.716,00 - Maj
CAPITÃO ---------------- R$ 1.530,00 - Cap
1º TENENTE ------------ R$ 1.320,00 - 1º Ten
2º TENENTE ------------ R$ 1.184,00 - 2º Ten
SUBTENENTE ----------- R$ 1.060,00 - Subten
1º SARGENTO ------------- R$ 950,00 - 1º Sgt
2º SARGENTO ------------- R$ 850,00 - 2º Sgt
3º SARGENTO ------------- R$ 764,00 - 3º Sgt
CABO ----------------------- R$ 542,00 - Cb
SOLDADO ------------------ R$ 518,00 - Sd *
SALÁRIO MÍNIMO vigente: R$ 510,00.
A TABELA ACIMA FOI FEITA DE ACORDO COM A LEI Nº 279, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1979.
O SOLDO É O SALÁRIO DO MILITAR
O SOLDO DO POLICIAL MILITAR DO RIO DE JANEIRO (DO SD AO 1º SGT) É INCONSTITUCIONAL!
Conforme o artigo 7º, inciso VII, da Constituição Federal e o artigo 92, inciso I, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, O MENOR SOLDO NÃO PODE FICAR ABAIXO DO SALÁRIO MÍNIMO vigente (R$510,00).
A remuneração tem que ser compatível com o cargo exercido
Pela responsabilidade que tem e o risco que corre no exercício da função, um Soldado da PMERJ (solteiro, sem filhos e sem triênios) não deveria ganhar menos de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) por mês, sem incluir adicionais ou gratificações.
Tudo o que o PM do Rio faz deveria ser considerado como um FAVOR, não uma obrigação, já que o mesmo não ganha pelo serviço que presta ao cidadão. O PM deveria ser, no mínimo, muito bem tratado e respeitado, já que ajuda os outros, pessoas que nem conhece, de graça! A "ajudinha de custo" que o DESGOVERNO paga não banca nem as DESPESAS BÁSICAS de sobrevivência... O PM é o herói do bolso vazio!
CAROS COMPANHEIROS E LEITORES: VAMOS FOCAR NOSSO ESFORÇOS NAS PEC 300 OU 446, BOLSA OLIMPICA, FORMAÇAO, COPA O QUE VIER PARA COMPLETAR A RENDA DE COLEGAS QUE ESTÃO EM DIFICULDADES EM TODO O PAIS, ESSE PROBLEMAS INTERNOS TEM QUE SER RESOLVIDOS NA JUSTIÇA OU NA CALADA DA NOITE. NÃO ACEITO O POLICIAL RECLAMANDO QUANDO ESTÁ ATUANDO EM ALGUNS BATALHOES, HÁ LUGARES PIORES NA PM DO RJ PARA TRABALHAR E BASEAMENTOS HORRIVEIS E COVARDES. VAMOS DAR A RESPOSTA DE INCOMPETENCIAS POLITICAS NAS URNAS E EM MOBILIZAÇÕES. PERGUNTA: QUAL É O PROBLEMA DE DEFENDER POLICIAIS DO 1,2,3 CPA E CMDO UOPE ? ALGUEM DUVIDA QUE SÃO POLICIAIS HEROIS E HOMENS DE VERDADE ?!!!
Amigo, vc poderia fornecer links para as estatísticas que citou? Estou fazendo um estudo que passa pelo tema pela Uff e ficaria muitíssimo grato pois seria de grande utilidade.
Abraços
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