Embora seja a menina dos olhos do governo estadual — e principal bandeira eleitoral para a sucessão de Sérgio Cabral —, as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) não têm recebido tudo que foi prometido. Entre as promessas, estão as gratificações para os comandantes e quatro unidades sem sede fixa.
Anunciado pelo governador em abril deste ano, o acréscimo de R$ 1.000 aos salários dos comandantes das UPPs nunca chegou ao contracheque dos capitães. Na inauguração da unidade da Formiga, no início do mês, o governador Sérgio Cabral disse desconhecer a razão.
— É um valor baixo, são só R$ 10 mil, já que são dez comandantes. Não impactaria as contas do estado. Pelo impedimento do período eleitoral, não vou poder dar a gratificação agora — disse Cabral.
Outra que até agora não saiu do papel foi a participação da iniciativa privada na construção das sedes. A medida, pensada para dar agilidade às obras, está emperrada na Cidade de Deus, prometida pela Confederação Brasileira de Futebol, e na Ladeira dos Tabajaras. Lá, a empresa Souza Cruz chegou a anunciar ajuda, mas voltou atrás. Duas empresas estariam interessadas, mas não querem aparecer.
Também pendentes estão as sedes do Batan e do Cantagalo. Na primeira, a UPP funciona provisoriamente há 18 meses na casa antes ocupada por milicianos. Na outra, a reforma da futura sede, num antigo prédio, ainda nem começou.
— A sede é essencial, é a nossa imagem na favela — disse o comandante de uma UPP.
Um comentário:
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