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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Protestos, vaias e público de 20 mil em desfiles no Rio de Janeiro

Cabral e Sarney, que não estavam presentes, foram lembrados por manifestantes



Mais de 20 mil pessoas assistiram ao desfile cívico-militar de 7 de Setembro, no Rio. Cerca de 4 mil militares das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além de civis e estudantes, percorreram um trecho de aproximadamento 5 quilômetros da Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Ao final do desfile, a avenida foi palco de manifestação.

Na abertura, o Fogo Simbólico da Pátria foi acesso pelo subtentente e atleta do Exército Marco Aurélio Farinazzo, campeão de diversas provas de atletismo. O início da apresentação também foi marcado por protestos e vaias dirigidas ao governador do estado, Sérgio Cabral, e ao presidente do Senado, José Sarney, que não estavam presentes.

Carros de combate, aviões da Força Aérea Brasileira e antigos carros do Exército, nos quais estavam ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), participaram do desfile. Pela primeira vez, desfilaram Unidades de Policiamento Comunitário da PM. Criadas no ano passado, são referência no policiamento comunitário de cinco favelas da cidade do Rio de Janeiro.


Para o estudante da Academia Militar das Agulhas Negras Alexandre Mantega, participar do desfile é “uma honra muita grande”. Pela segunda vez na apresentação, diz que vence o cansaço, o sol e desfila “com orgulho” pela escola. “É muito prazeroso estar aqui. Principalmente pela participação do público”, destacou.

A funcionária pública Vânia Aparecida, de 46 anos, não desgrudou da grade que separava o público do espaço destinado ao desfile. Para ela, todo o esforço valeu à pena para ver a presentação do filho, aluno da Escola Naval. “Deu para vê-lo, sim, na terceira fileira. Foi muito lindo”.

O aposentado Paulo Riviera, de 54 anos, também viu o desfile do começo ao fim. Ao lado dos dois filhos e da esposa disse que o evento faz parte "do calendário da família". “Comecei a vir com meu pai, quando era criança. Agora, quero mostrar para os meus filhos essas coisas”.

'O petróleo é nosso!'

Pouco após o encerramento do desfile, por volta do 12h, um protesto de diversos movimentos sociais, reunindo cerca de mil pessoas, tomou a Avenida Presidente Vargas. De acordo com Tatiana Bretas, da Assembléia Popular, uma das organizadoras, a ideia era chamar atenção para a destinação dos recursos do petróleo oriundo pré-sal.

“É preciso canalizar essa riqueza para o povo, com investimentos em saúde, educação, cultura e transportes”, defendeu. Ao lado dela, outros manifestantes também cobram o afastamento do presidente do Senado Federal e passagens de ônibus gratuitas para pessoas desempregadas, além do barateamento do bilhete.


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