Pesquisa realizada pelo Ministério da Justiça com 64.130 profissionais de segurança pública (policiais civis e militares, guardas municipais, agentes penitenciários e bombeiros militares) nos meses de abril e maio deste ano revela que 69,8% dos entrevistados não aprovam as polícias em que atuam, nem concordam com sua atual organização. Na opinião da maioria dos consultados, as polícias Civil e Militar deveriam ser unificadas, e a futura instituição deveria ser desmilitarizada.
Em segundo lugar, para os entrevistados, cada polícia deveria ficar responsável por combater determinados tipos de crimes. Na terceira proposta, haveria uma divisão geográfica dentro dos estados para a atuação das polícias.
- O resultado da pesquisa é surpreendente, já que os políticos que falam em nome dos policiais sempre acusaram os que pregam mudanças nas polícias de estarem contra os profissionais de segurança. Mas o que importa é que o estudo abre caminho para uma discussão política séria sobre a mudança nas polícias - disse o sociólogo Luiz Eduardo Soares, um dos coordenadores do trabalho.
A pesquisa também constatou que 41,8% dos entrevistados já foram ameaçados de morte ou de violência física por criminosos; e que 20,5% foram vítimas de tortura (imposição deliberada de sofrimento físico ou mental).
A pesquisa será apresentada na 1 Conferência Nacional de Segurança Pública, que será realizada em Brasília entre os dias 27 e 30 deste mês.
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