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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Bope mata três a tiros em Caxias



Entre os mortos está Joãozinho da Vila Ideal, traficante com fama de assistencialista e de corruptor de policiais. Rapaz de 23 anos, que segundo família estaria chegando para trabalhar na padaria, também morreu baleado.


A vida de crimes de um dos bandidos mais antigos do tráfico no Rio de Janeiro acabou na madrugada de ontem, durante uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que deixou três mortos — um deles seria inocente. João Soares de Lima Filho, o Joãozinho, de 35 anos, assumiu o controle das bocas de fumo das favelas do Lixão e da Vila Ideal em 1997, depois que seu patrão, Charles da Silva Batista, o Charles do Lixão, foi preso.

Famoso por sua postura assistencialista e pelo costume de evitar confrontos com a polícia, o traficante se perpetuou em Duque de Caxias e tornou-se uma espécie de ‘galinha dos ovos de ouro’ para os policiais corruptos.



Na ação de ontem, 30 homens da tropa de elite chegaram à comunidade pouco antes das 5h. Houve intenso tiroteio. Além de Joãozinho, outro bandido, Walteir Rodrigues dos Santos, o TI, de 27 anos, e um rapaz de 23 anos, Cristiano de Oliveira, morreram. Foram apreendidos dois fuzis, uma pistola 380 e um casaco do Exército. O caso foi registrado na 62ªDP (Imbariê).

Parentes e amigos contestam a versão apresentada pelos policiais, de que Cristiano seria bandido. “Estou dopada por um monte de remédios até agora porque não consigo acreditar. Criei meus filhos com dificuldade e consegui mantê-los longe do tráfico. Agora acontece uma coisa dessas quando ele chegava para trabalhar, é muito triste”, desabafou a mãe do rapaz, a camareira Maria Aparecida Oliveira, 62 anos: “Ele estava de folga hoje e foi abrir a padaria para cobrir o rapaz que não poderia ir hoje (ontem)”.

Dois caveirões deram apoio às equipes do Bope. Numa localidade conhecida como Olho Mau acontecia um forró. Houve tiroteio entre policiais e traficantes que faziam a segurança da favela e os três homens foram baleados. Uma idosa que ia para a igreja foi baleada de raspão e passa bem.

Bandido distribuía produto de roubo e mantinha time de futebol

Apesar da morte de um inocente na ação, foi a morte do chefão do tráfico que mais chocou a favela. Dezenas de moradores procuraram o IML de Caxias. O bandido Joãozinho era querido dentro da comunidade por suas práticas assistencialistas.

Várias foram as vezes em que o bandido estacionou caminhões roubados, no meio da favela, para fazer distribuição de móveis e eletrodomésticos aos moradores, como um verdadeiro Robin Hood da Baixada Fluminense. Um time de futebol da comunidade também era patrocinado por ele.

A ‘generosidade’ do bandido também contemplava policiais corruptos. Ao longo dos anos, as investigações da Polícia Civil descobriram o envolvimento de diversos bombeiros e policiais militares com Joãozinho. Vários foram expulsos de suas corporações. Mas o ‘arrego’, que chegava a R$ 1 mil por dia, jamais deixou de ser pago. Ainda assim, o traficante foi capturado várias vezes. Nas chamadas ‘mineiras’ que sofreu, Joãozinho perdeu muito dinheiro. A mais recente, no primeiro semestre deste ano, que teria sido praticada por supostos policiais civis, teria custado mais de R$ 300 mil.

2 comentários:

Anônimo disse...

Duque de Caxias. Às 16:00 hs as lojas fechadas... as repartições públicas vazias...clima de luto!
Luto pela morte de pessoas em conflito com a Lei?
Parabenizo a Polícia Militar por tão empenhada ação. Falta agora as colaboração do sistema judiciário em fazer cumprir as Leis de nosso país!
Este blog está de parabéns!

Anônimo disse...

Não acredito mais em nada, muito menos em bizú, estamos desvalorizados, só fico alegre quando chega o dia 20 de cada mês, que é quando pego o meu PRONASCI, Governador Sérgio Cabral, até quando o senhor vai enrolar a tropa, ou seja, se der aqueles 5%, é uma vergonha mais ainda, tenho que ser do BOPE para ganhar R$ 1.000 a mais??? Não fizemos a prova para sermos mortos, muito menos passarmos fome e cansarmos em fazer segurança (bico). Acordem minha poliçada.

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